A CRIANÇA INTERIOR: o fim da solidão
- Simone Speranza

- 21 de mai. de 2022
- 3 min de leitura
Atualizado: 1 de ago. de 2023
"Todas as pessoas que chamamos de "gênios" são homens e mulheres que, conseguiram não por para dormir aquela criança curiosa e interessada, que existe dentro de si." Barbara Sher

Todos nós temos dois aspectos distintos em nossa personalidade:
👉 o Adulto;
👉 a Criança.
Quando as duas estão conectadas e trabalham juntas, registramos uma sensação de inteireza e de totalidade.
Quando não, por terem sido feridas e por não estarem funcionando bem, a sensação interior é de conflito, vazio e solidão.
Por isso, é importante um entendimento nítido e positivo da 'Criança Interior'.
Em nossa cultura, a criança é considerada menos que os adultos, menos experiente.

Quando éramos crianças sentimo-nos impotentes a maior parte das vezes. Igualamos impotência ao fato de sermos criança.
Além disso, por terem dito tantas vezes que éramos difíceis, pensamos que a 'Criança Interior' é um problema.
Por não ser valorizado na infância é complicado, valorizar a criança que vive em você.
Perpetuar as vivências da infância cria em nosso íntimo, uma divisão que é a causa de muitos dos sofrimentos.
Compreender e valorizar a criança interior é essencial para nos tornar inteiros. Existe uma ampla variação de emoções intensas e elas se desenvolvem nas funções do nosso hemisfério cerebral direito: ser, sentir e vivenciar.
Agora o adulto se desenvolve nas funções do nosso hemisfério cerebral esquerdo: fazer, pensar e agir.
Jung a caracteriza de 'Criança Interior' por ser um aspecto inconsciente da personalidade. Tornar-se disponível para conhecê-la é tarefa fundamental.
Por conter sentimentos, lembranças e vivências infantis, que recordadas, ajudarão seu adulto a ficar 'mais consciente'. Ela pode ser vista de duas formas distintas:
Primeira quando está sendo amada pelo adulto;
Segunda quando não está sendo amada e consequentemente, criticada, esquecida e abandonada. Gera as chamadas 'feridas emocionais'.
Existem algumas consequências de viver inconsciente: gerar solidão interna, temores, dores sem causa aparente, depressão, vazio interno, carências, distância em relação ao mundo externo, baixa autoestima e relacionamento tóxicos.

Já quando é amada: todos os sentimentos, pensamentos e comportamentos se manifestam através das vontades, necessidades e responsabilidades, que definem sua vivacidade e seu entusiasmo.
Há uma imensa diferença entre: Adulto que age 'de mãos dadas com sua criança' e o adulto 'criançola'.
O primeiro é espontâneo e cheio de animação, o segundo impulsivo e descontrolado. Existe uma confusão geral em torno dessa diferença. Julgamos pessoas espontâneas, lúdicas, criativas, imaginativas e capazes de perceber a beleza da vida, como alguém imaturo ou pouco sofisticado. Que não cresce e se esconde.
Os adultos tem dificuldades para brincar e se divertir. Mergulham numa agenda cheia de compromissos (que definem como a vida adulta), e entregam-se a coquetéis formais, restaurantes, cinemas e esportes competitivos. Embriagam-se e drogam-se pensando estar felizes.

Quando foi a última vez que você de fato se soltou e se divertiu muito?
No geral, a única ocasião que permitimos ser assim é quando nos apaixonamos e depois raramente isso acontece.
Então, é verdadeira a conexão com a 'Criança Interior', quando expressamos um 'certo senso de controle interno' sobre nossa própria vida.
Desfaça as crenças falsas e limitantes que existem em torno dos conceitos da 'criança':
A 'Criança Interior' não existe em mim, talvez nos outros;
Todos vão pensar que sou exageradamente otimista e não me levam a sério;
Estar ligado a 'Criança Interior' não é uma escolha que eu possa fazer. Acontece só quando as coisas dão certo;
As pessoas dirão que sou irresponsável;
As pessoas ficarão constrangidas com minha espontaneidade e vai ser minha culpa;
Não posso confiar nela, sempre me cria encrencas;
Se eu abrir espaço para ela, perderei o controle da minha vida;
Os outros acharão que sou bobo, que não consigo aguentar desaprovações.
Essas crenças tem uma importância crítica em nosso bem-estar emocional.
'Brincar' é diferente de participar de uma atividade é espontâneo e não planejado. Acontece em qualquer lugar. É uma sensação de fluir, de sentir-se repleto de prazer e alegria, um misto de riso e contentamento.
Solte-se e vai brincar.
Tem uma criança dentro de você que precisa sair e acordar.
Boa diversão e seja feliz!
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